sexta-feira, 26 de maio de 2017

AUTÁRQUICAS: PS com (quase) todas as juntas definidas


O Partido Socialista courense já tem definidos quase todos os cabeças de lista às várias freguesias do concelho (ver quadro abaixo). Com algumas surpresas, com nomes de continuidade, mas também com dois lugares ainda em branco, à espera duma solução.

Poder-se-ia esperar que, com excepção dos presidentes de junta que não podem continuar devido à limitação dos mandatos, todos os outros se apresentariam na corrida eleitoral do próximo dia 1 de Outubro. No PS, contudo, não foi assim, com António Esteves, antigo vereador e actual presidente da união de freguesias de Bico e Cristelo, a não concorrer novamente ao cargo. Em seu lugar a encabeçar a lista socialista irá Armando Feijó, que já integra a equipa de António Esteves.

Esta foi uma das surpresas do leque de nomes de candidatos do PS courense às freguesias., mas não foi a única. Começou pela união de freguesias de Paredes de Coura e Resende, com o anúncio de Cláudia Pires de Lima como candidata, e continuou depois com a indicação de José Alberto Mota (ex-PSD e ex-CDS) para Parada. A que se somou o avançar de Armando Araújo, presidente da concelhia, para a liderança da Junta de Freguesia de Mozelos, deixando o resguardo do trabalho de bastidores.

Mas outras surpresas poderão ainda surgir. Isto porque, na reunião da comissão política, no início desta semana, não terá ficado ainda tudo decidido. Sem indicação de qualquer nome para cabeça de lista permanecem Rubiães e a união de freguesias de Formariz e Ferreira. No primeiro caso, depois de ter vindo a público o descontentamento de David Saraiva, actual presidente daquela junta de freguesia, com o partido pelo qual foi eleito (o PSD), não será de estranhar que, se este avançar como independente, o Partido Socialista não apresente candidato próprio. Por outro lado, também não é de colocar de parte a hipótese de David Saraiva concorrer com as cores do PS.

Já em relação a Formariz e Ferreira, a questão terá a ver com a ordem dos candidatos. É que há quem não veja com bons olhos o facto de António Pereira permanecer como segundo na lista, quando é dele todo o trabalho visível na união de freguesias. Do lado de Formariz, também não parece estar fácil aceitarem que seja alguém de Ferreira a encabeçar a lista socialista. Acresce que, em virtude do cumprimento da lei da paridade, exigida às freguesias com mais de 750 eleitores, nos três primeiros lugares da lista de Ferreira e Formariz, necessariamente, têm de existir homens e mulheres. O que, aliás, também afecta as listas das uniões de freguesias de Paredes de Coura e Resende e ainda de Bico e Cristelo, onde esta situação já foi acautelada.


quarta-feira, 24 de maio de 2017

Autárquicas: José Mota é candidato do PS em Parada

José Alberto Mota é o cabeça de lista do Partido Socialista à Junta de Freguesia de Parada. Do lado do PSD não há ainda certezas sobre quem irá concorrer. E há uma garantia: Anésio Barbosa quer regressar.
As eleições autárquicas do próximo dia 1 de Outubro prometem ser concorridas em Parada. Como, aliás, já vem sido hábito nesta freguesia onde, ao contrário da maioria das restantes do concelho, é habitual haver mais do que duas forças políticas a disputar a corrida eleitoral.
Quando faltam pouco mais de quatro meses para o acto eleitoral, o único candidato conhecido é o que vai encabeçar a lista do PS. Trata-se de José Alberto Mota, actual presidente da Assembleia de Freguesia, que nas últimas eleições liderou uma lista com as cores do CDS-PP e que conseguiu dividir os mandatos naquela freguesia (3 para o PSD,  2 para o PS e 2 para o CDS-PP).
Do lado do PSD, desconhece-se se António Fernandes, que está actualmente à frente dos destinos da freguesia, vai concorrer novamente. O que, a acontecer, poderá estragar os planos de Anésio Barbosa, que presidiu à Junta de Freguesia até 2013, altura em que foi impedido de concorrer por ter atingido o limite de mandatos. Agora já pode voltar e já fez saber que vai concorrer à presidência da autarquia. Resta saber se com as cores do PSD como no passado ou se opta, antes, por uma lista independente, algo que já anunciou estar igualmente nos seus planos.


terça-feira, 9 de maio de 2017

VENÂNCIO FERNANDES: “O meu projecto vai mais além destas eleições”

VENANCIO

Venâncio Fernandes é o candidato do PSD à Câmara de Paredes de Coura. O empresário diz que ainda não tem equipa formada, mas está no terreno e conta com os históricos do partido para o ajudarem nesta caminhada que termina no dia 1 de Outubro. Ou que continuará mais além…

Depois de ter integrado o grupo municipal do PSD na Assembleia Municipal de Paredes de Coura, no mandato 2005/2009, eis que Venâncio Fernandes, empresário ligado ao sector imobiliário, aparece novamente nas hostes social-democratas, desta feita como o candidato indigitado para concorrer à presidência da autarquia courense. “Não posso considerar como um regresso ao PSD”, esclarece Venâncio Fernandes, explicando que nunca foi militante daquele partido, apenas simpatizante. “Da minha parte não houve uma saída. O Décio convidou-me para a Assembleia Municipal em 2005, eu não estava lá para defender os interesses do partido mas sim os interesses do concelho, depois em 2009 entendi que não devia continuar”, explica.

Apesar de tudo, a sua escolha para liderar a lista laranja surgiu com surpresa. Para mais quando Venâncio Fernandes tinha optado, entretanto, por um outro caminho partidário, ao lado do Partido Democrático Republicano, de Marinho Pinto, onde tem feito militância activa. Agora, suspendeu a sua filiação no PDR para poder liderar o projecto social-democrata em Paredes de Coura, explicando, contudo, que se não tivesse surgido o convite para encabeçar a lista do PSD, muito possivelmente iria aparecer noutra lista candidata, suportada pelo PDR.

Um convite que, esclarece, “surgiu da estrutura do PSD em Paredes de Coura”, acrescentando que se trata dum processo que já tem algum tempo. “Tanto quanto sei, a aprovação foi feita por unanimidade”, refere Venâncio Fernandes, contrariando as versões que davam conta de divisões no seio do partido, e comentando logo a seguir que, no entanto, para ele, é irrelevante que assim tenha sido.

“Acho que o PSD courense, ao tomar esta decisão (de convidar um não militante), teve uma atitude de valor, de despreendimento do lugar, o que não é muito comum”, refere o agora candidato social-democrata, desvalorizando os rumores que davam como difícil o surgimento de um candidato dentro do partido. “Haveria sempre alguém no PSD disponível para este lugar”, acrescenta.

“Estar fora pode ser vantajoso”

Também não se livra das críticas dos que dizem que, por residir fora do concelho, não estará tão bem preparado para a corrida eleitoral. Sem referir o caso de José Augusto Caldas, que em 2009 também liderou a lista social-democrata sem residir em Paredes de Coura, Venâncio Fernandes lembra que é natural do concelho, que aqui viveu durante muito tempo e que aqui trabalhou e que continua a acompanhar a realidade courense. “Tenho toda a legitimidade para ser candidato”, acrescenta, recordando que a sua vida profissional continua a passarter ligações a por Paredes de Coura. E, além disso, complementa, “estar fora pode ser vantajoso. Vemos as coisas de forma diferente”.

Para já ainda não tem equipa definida. Mas está no terreno e quer avançar a toda a força, de modo a ter as listas prontas antes do final de Junho, prazo que estipulou a si mesmo como o necessário para trabalhar em condições. Mas, apesar de não ter nomes definidos, tem uma ideia: mobilizar todos os candidatos do PSD que estiveram nas últimas eleições autárquicas, tanto os que venceram como os que saíram derrotados. “Não sei se vão aceitar ou não”, refere, e, querendo ignorar as recentes queixas de alguns presidentes de junta social-democratas, diz mesmo que “a mim ainda não nenhum disse que não”.

Perspectivam-se por isso, dois meses de muito trabalho, o que não diminui o entusiasmo do candidato. “Nas causas em que me meto sei que é sempre necessário trabalho”, diz Venâncio Fernandes, considerando que “quem está no poder tem sempre mais facilidade”. É certo que vai trabalhar em conjunto com a concelhia, na captação de candidatos e na campanha, mas acrescenta que conta “com todos os elementos da família PSD”, inclusivamente com aqueles que, nos últimos tempos, têm tecido algumas críticas ao modo de funcionamento do partido.

“Não sei se vou unificar o PSD, vamos ver. Neste momento a minha preocupação é a candidatura, face à exigência temporal”, refere o candidato social-democrata. Mas, adianta, “o meu projecto vai mais além destas eleições”. Explicando que “vamos ter que seguir um caminho novo”, Venâncio Fernandes adianta, ainda, que quer “valorizar os militantes e as pessoas que têm dado a cara pelo PSD”.

Mudar mentalidades

Não querendo avançar, para já, com ideias concretas sobre o seu projecto para o concelho, até porque defende que este terá de ter a intervenção e a contribuição dos que o acompanharem na corrida eleitoral, não hesita em apontar a falta de gente como o principal problema do concelho e, nesse sentido, a sua principal preocupação. “Mas não é um problema fácil de resolver”, esclarece, referindo que terá de ser a base de qualquer projecto de desenvolvimento. Além disso, acrescenta, “temos também um problema de mentalidades, que é preciso mudar”. “As pessoas têm de estar mais abertas à realidade e por isso vamos tentar que as pessoas olhem para as coisas de forma diferente”, sublinha o candidato social-democrata.

Sobre o actual executivo camarário, nomeadamente sobre o desempenho do seu adversário socialista, Venâncio Fernandes considera que se trata de “continuidade com alguma inovação”. “Não podemos esquecer que o actual presidente é um defensor acérrimo das políticas anteriores”, conclui o cabeça de lista do PSD.