quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Vítor Paulo Pereira: “Não vamos cair no comodismo dos 5-0!”

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As eleições já vão longe. A tomada de posse foi há mais de um mês. E, passada a compreensível euforia inicial, o ritmo agora é de trabalho. Muito! Vitor Paulo Pereira, no início do seu segundo mandato à frente do Município de Paredes de Coura, não esquece que a vitória traz responsabilidades acrescidas, mas lembra que o resultado é consequência do trabalho feito.
Mês e meio depois das eleições autárquicas de 1 de Outubro, o tempo, nos Paços do Concelho, é de trabalho. Para trás ficaram as reacções da noIte eleitoral e das semanas seguintes, em que o nome de Paredes de Coura foi notícia pelo resultado histórico alcançado pelo Partido Socialista. Os 5-0 de que muito se falou não deixaram ponta de vaidade em Vítor Paulo Pereira, o rosto da candidatura e da vitória. O presidente do município, no início deste seu segundo mandato, não esquece, nem ignora, os 76% de votos que o mantiveram no lugar, mas prefere lembrar que essa percentagem expressiva traz também muitas responsabilidades.
“Acaba por acrescentar mais responsabilidade e exigência em relação ao trabalho futuro”, começa por explicar o autarca, reafirmando o que já tinha dito no discurso da vitória, na noite de 1 de Outubro. Mas lembrando também que esse resultado é igualmente uma resposta ao desafio feito durante a campanha eleitoral. “Nós pedimos um reforço da votação como sinal de reconhecimento pelo trabalho que tínhamos feito e que considerávamos bastante positivo”. A resposta surgiu nas urnas.
Agora, à distância de quase dois meses da campanha eleitoral, Vítor Paulo Pereira recorda ainda que, durante a campanha estavam à espera dum resultado muito positivo. “Considerávamos que 4-1 já era um resultado exigente, mas houve alturas em que se chegou a pensar nos 5-0”. Apesar disso, o autarca courense sempre vai dizendo que, do ponto de vista político, “5-0 valem tanto como 3-2”. “Se ganhasse por 3-2 outra vez considerava que a avaliação era justa por parte das pessoas. Achava que as pessoas, de certo modo, não reconheceram o bom trabalho feito, mas continuaríamos a governar com o mesmo empenho”, acrescenta.
“O pior erro que podíamos cometer era governar com a obsessão dos 5-0 ou com algum medo de diminuir a votação numa disputa eleitoral futura. Vamos governar para as pessoas”, refere ainda o presidente da Câmara, explicando que o seu executivo vai “trabalhar de forma natural, fazer o que deve ser feito”. O que, acrescenta, “até pode ser impopular”, porque “vamos trabalhar no sentido de fazer o melhor para Parede de Coura e muitas vezes fazer o melhor não é fazer o que é mais popular”.
Terceiro vereador traz serenidade
Uma das coisas que o resultado histórico permitiu foi passar a ter mais um vereador com pelouro, ainda que a meio tempo, conforme o NC explicou na edição anterior. Uma decisão que o presidente do executivo justifica com o “esforço brutal” que foi feito no mandato anterior. “É para as pessoas muitas vezes não entrarem quase em rotura física”, esclarece, lembrando que foram “quatro anos de trabalho intenso, a um ritmo alucinante, que muitas vezes passava os limites do que é aceitável”. E, acrescenta, “não só do executivo, mas também dos funcionários”. Por isso, refere Vítor Paulo Pereira, a presença a meio tempo de Vítor Silva, “vem trazer maior serenidade, maior planeamento. E é mais uma cabeça a pensar, a participar nos projectos e a trazer ideias novas”.
“O nosso executivo é composto por cinco pessoas criativas e inteligentes que não estão aqui para seguir o presidente de forma cega, até porque o presidente não tem satisfação nenhuma em que os vereadores não pensem de maneira diferente”, diz o autarca, propositadamente na terceira pessoa. E reforçando que, não é por não existir oposição que o trabalho fica facilitado. “Continuamos a fazer as reuniões com a mesma seriedade, algumas até demoram mais tempo. É normal que num executivo com cinco pessoas haja diferenças, maneiras de pensar diferente”, diz Vítor Paulo Pereira.
Já sobre a oposição, nomeadamente a que concorreu às eleições autárquicas, o presidente do município começa por dizer que não lhe compete a ele fazer análise sobre outro partido, “meter a foice em seara alheia”. Apesar disso, sempre vai dizendo que o problema do PSD não foi o candidato que escolheram, “pessoa que merece respeito e consideração”, mas “sobretudo o atraso na escolha do candidato”. “O PSD tinha um bom candidato”, acaba por comentar, “mas um bom candidato a lutar contra uma equipa que tinha conseguido fazer um trabalho admirável, o que tornava as coisas mais difíceis”.








5 comentários:

  1. O Sr° Presidente só quiz ser simpático ao dizer aquilo da oposição: “pessoa que merece respeito e consideração”, mas “sobretudo o atraso na escolha do candidato”. “O PSD tinha um bom candidato”, acaba por comentar"..Até me fazem rir. Mas pronto, depois de ganho, há que ser simpático para eles, não seja ele o Presidente de todos os Courenses.

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    1. A única frase que se aproveita do seu comentário é realmente, "o Presidente de todos os Courenses" que do resto é o continuar como sempre, o dizer mal só por dá cá aquela palha... Não há meio deste PSD, apreender a lição que os Courenses sempre lhes continuam a dar... Arre!!! Gente completamente tapada...

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    2. Aprenda a ler e a interpretar...depois comente! Sabe o que é ser jocoso?

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  2. Apreciador de orçamentos20 de dezembro de 2017 às 10:12

    E que tal a aprovação do orçamento? Alguma coisa de novo?

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