sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Apoios aos bombeiros voltam a aquecer assembleia

2016-04-27 11.33.36

Ano e meio depois, as contas dos bombeiros voltam a incendiar os ânimos na Assembleia Municipal de Paredes de Coura. Tudo por causa da decisão da autarquia de doar à corporação o dinheiro do fogo de artifício das Festas do Concelho. Não chega, gritou o PSD, numa assembleia Municipal marcada ainda pela guerra de números em relação às obras de requalificação da Escola Básica e Secundária.

O que começou por ser um agradecimento aos bombeiros courenses e a todos os que, durante o Verão passado ajudaram a lutar contra os incêndios no concelho, acabaria por tornar-se no mote de uma discussão onde se trocaram acusações de populismo e demagogia. A proposta inicial do Partido Socialista era aprovar um voto de louvor “pela coragem e altruísmo” dos bombeiros, mas também dos sapadores, funcionários das juntas de freguesia e da câmara e todos os demais que estiveram envolvidos no combate às chamas e no apoio aos voluntários que durante o Verão fustigaram o concelho.

A moção até acabaria por ser aprovada por unanimidade, e incluir ainda, por sugestão do presidente da Assembleia Municipal, a doação unânime do valor das senhas de presença da reunião aos bombeiros courenses, mas motivou uma larga discussão entre José Augusto Caldas, do PSD, e o presidente da Câmara.

“Claramente concordo com a moção, mas a moção não é suficiente”, começou por dizer o líder do grupo municipal do PSD, que gostaria que a autarquia “desenvolvesse meios necessários para apoio regular aos bombeiros”. E, lembrando a decisão do município de cancelar o fogo de artifício das Festas do Concelho e doar a verba à associação humanitária, José Augusto Caldas acusou Vítor Paulo Pereira de populismo. “Não é assim que se revolve o problema de financiamento dos bombeiros”, atirou, ao mesmo tempo que questionava a autarquia relativamente ao pagamento das despesas das várias entidades envolvidas no combate aos incêndios.

Vítor Paulo Pereira não gostou do que ouviu. O autarca courense justificou o cancelamento do fogo de artifício como “um acto de bom senso. Num contexto onde todos estavam a lutar contra os incêndios fazia sentido deitar o fogo?”, questionou o autarca. Respondendo às críticas social-democratas, o presidente da Câmara recusou igualmente a acusação de demagogia. “Não sou demagogo, prefiro ajudar quem está no combate do que aparecer na televisão. As pessoas de Coura sabem diferenciar aquilo que é genuíno daquilo que é demagogia política”, esclareceu, atirando logo em seguida uma outra farpa a José Augusto Caldas. “Aprendi muito nestes incêndios… mas não o vi por lá!”

E se Vítor Paulo Pereira falou nos “disparates” proferidos por José Augusto Caldas, este respondeu que o presidente “teve a oportunidade estar calado e não dizer asneiras” (frase que lhe valeu uma chamada de atenção por parte do presidente da mesa). “Mais valia estar calado, que eu também já lá estive noutras alturas e nem sequer fazia parte do executivo”, referiu o líder da bancada do PSD, desafiando a autarquia a “estudar formas de financiamento regular aos bombeiros”.

“Ainda hoje ajudamos os bombeiros”, comentou o autarca courense, que se comprometeu a, na próxima Assembleia Municipal, “por uma questão de transparência”, esclarecer todos os apoios dados à associação humanitária courense. “Desconfio que nunca em tão pouco tempo se ajudou tanto os bombeiros”, considerou Vítor Paulo Pereira, acrescentando, “mas é nossa obrigação fazê-lo”.

Recorde-se que o apoio financeiro aos bombeiros de Paredes de Coura já tinha sido alvo de forte discussão na Assembleia Municipal, em Abril do ano passado. Na altura pela voz de João Paulo Alves, do PCP, que era à data presidente da assembleia-geral da associação humanitária, e alertou para o défice mensal de alguns milhares de euros nas contas na corporação e pediu mais apoio por parte do município. Desta vez, contudo, João Paulo Alves, que, entretanto, deixou os órgãos sociais dos bombeiros, optou por não se pronunciar sobre as contas dos voluntários.

 

Obras na escola com visões diferentes

Também as obras de requalificação da Escola Básica e Secundária motivaram alguma discussão na última sessão da Assembleia Municipal. O assunto foi trazido à baila, inicialmente, por Dinis Pereira, do PSD, que quis saber como iriam decorrer as obras na escola, tendo em conta que implicariam diversas alterações no funcionamento das aulas, que não podiam ser feitas de um dia para o outro. A resposta acabaria por ser dada mais à frente, pela vereadora Maria José Moreira, que explicou que decorre ainda o concurso público, mas que a autarquia estava a trabalhar em conjunto com a direcção do agrupamento (da qual curiosamente Dinis Pereira faz parte) no sentido de delinear os passos a tomar quando as obras avançarem. “Solicitei que se fizesse o planeamento e optimizasse o funcionamento da escola no momento em que um dos blocos entre em obras”, esclareceu a vereadora.

Mas a troca de argumentos começou quando José Augusto Caldas lembrou que, apesar de todos se congratularem com a realização das obras, havia que deixar claro que “85 por cento é pago por fundos comunitários” e que a Câmara courense terá apenas de pagar 7,5 por cento do total. “Às vezes, no calor da discussão, dizemos que é nosso o que não nosso”, considerou ainda o líder da bancada do PSD, referindo-se ao anúncio das obras feito pela Câmara de Paredes de Coura e explicando que o município vai gastar apenas cerca de 158 mil euros naquela empreitada.

Valor que foi de imediato desmentido por Vítor Paulo Pereira, que lembrou o investimento de 400 mil euros nas obras exteriores e anunciou que nesta nova obra de requalificação seriam investidos outros 400 mil euros. “É o equipamento que mais investimento recebeu da parte da Câmara Municipal”, explicou o autarca, que criticou a “política barata de tentar diminuir o trabalho da Câmara”, levada a cabo pelos social-democratas.

Maria José Moreira, esclareceria, depois, o líder da bancada do PSD, explicando que a requalificação da Escola Básica e Secundária inclui igualmente o apetrechamento da escola, valor que não é comparticipado por fundos comunitários. Deste modo, somando os 158 mil euros da participação na empreitada comparticipada à verba necessária para o apetrechamento, o investimento global da autarquia courense rondará os 400 mil euros referidos pelo presidente do município.

 

Ataque de lobos com respostas vagas

Os ataques de lobos no concelho voltaram também a estar na ordem do dia na Assembleia Municipal de Paredes de Coura. Depois de, em Abril, ter sido criado um grupo de trabalho para discutir o assunto, foram enviadas 11 questões ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), solicitando alguns esclarecimentos, nomeadamente quanto ao número de ataques registados e indemnizações atribuídas.

A resposta do ICNF, contudo, não satisfez a Assembleia Municipal courense. O presidente da assembleia, José Augusto Pacheco, deu conta do teor da carta recebida, explicando que muitas das respostas são vagas e noutras foge-se à questão. Por isso mesmo, o grupo de trabalho criado vai enviar nova missiva para o ICNF, a solicitar mais informações, nomeadamente sobre os “requisitos mínimos” que dizem ser necessário cumprir por parte dos proprietários dos animais atacados, de modo a terem direito à indemnização compensatória. “Quero que me digam onde é que isso está na legislação”, questionou João Paulo Alves, do PCP, um dos elementos que integra o referido grupo de trabalho.

De qualquer das formas, a informação recebida do ICNF já permitiu ficar a saber que, no período compreendido entre Janeiro de 2011 e Maio de 2016 foram registados por aquele organismo 246 “prejuízos em efectivos pecuários”, distribuídos pelas freguesias de Agualonga, Bico, Linhares, Coura, Cossourado, Cristelo, Ferreira, Infesta, Insalde, Padornelo, Parada, Porreiras e Vascões. No mesmo período, contudo, só foram despachados favoravelmente 183 pedidos de indemnização.

Também os presidentes das juntas courenses foram convidados a dar informações sobre os ataques do lobo na sua área de intervenção. À Assembleia Municipal, contudo, chegaram apenas as respostas de Ferreira (sem Formariz), Vascões, Agualonga e da união de freguesias de Bico e Cristelo.

23 comentários:

  1. Mais uma vez o PSD de Paredes de Coura vem aproveitar-se da nossa Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, para fazer chicana politica... Mas é isto que esta "gente" só sabe fazer... Agarram-se a qualquer coisa para fazerem de conta que fazem oposição... Por amor de Deus, inventem outras coisas mas não se serviam dos nossos Homens da Paz para arremessos, com fins politiqueiros...

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    1. Caro anónimo, você fez-me lembrar aqui uma pequena passagem de uma bela historieta de infância: a branca de neve e os sete anões. Aqui a bruxa má pode ser a Helena Ramos (sem qualquer desprimor atenção, é apenas meramente com intenção de fazer a comparação). Então estando a bruxá má a perguntar ao espelho mágico: "espelho meu, espelho meu, há alguém em Paredes de Coura mais PSD do que eu? Responde-lhe o espelho - sim Helena! - então toda enraivecida pergunta a bruxa má Helena - QUEM????? Responde-lhe o espelho: O Vítor Paulo, o Tiago e a Maria José Moreira!!"
      Pois é. Falem de pessoas, critiquem pessoas, não falem de partidos, por favor é sujeira a mais. É porcaria a mais. A única socialista ali era a Gabriela Pires de Lima. Andam ai agora armados em socialistas. Socialistas de pólvora seca. Tão depressa apoiam o PS como se fosse preciso apoiariam o CDS. Portanto o que aqui temos é o PSD a governar com um cartãozinho rosa. O Vítor colou-se ao PS porque o Pereira assim o quis e o Vítor, astuto, sabia bem que se lá queria chegar este era o caminho. Precisava da máquina já oleada que o Pereira tinha. Mas tudo bem, ele está a trabalhar bem e ainda bem que é ele que lá está. Só não falem de partidos por favor porque, além de não interessar para nada, só vos fica mal.

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    2. UUIII o que aqui vai de saudade Pereirista.....

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  2. José Augusto tem razão. Mais uma vez se prova que alguns vendem-se por pouco, e fazem questão de o publicitar. "Eu fui aos incêndios, até me tiraram fotografias com o colete reflector!!"

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    1. Nisto de subsídios devem ser atribuídos com peso e medida e nunca usá-los para fins politiqueiros, as Instituições devem saber gerir com competência saber as suas receitas/despesa com certo equilíbrio bom senso e esquecerem-se de estar sempre dependentes de subsídios e peditórios. Há dias um sócio muito fervoroso da A Bombeiros de P.Coura,em conversa amena e construtiva,exclamou, sabe, os bombeiros foram entregues a canalha, como tal nada mais se pode esperar!!! Digo eu, lamentavelmente... lamentavelmente!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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    2. Mas espere aí então: nessa linha de pensamento, só houveram peditórios a partir do momento em que foram entregues à tal "canalha". Então antes, uando mandavam os "cotas", nunca houveram peditórios? É isso?

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  3. Seria importante que os bombeiros dissessem QUANDO e QUANTO é que receberam....se é que receberam.

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  4. Houve uma festa na América. Foi o Presidente + o Vice + diretora dos bombeiros + um bombeiro + um da direcção , pq um era pouco. Pagaram do bolso deles?

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    1. Acho que não. Ouvi dizer que foi a Hillary Clinton

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    2. Não vês que foi com o dinheiro do fogo deu para os 5 bilhetes, e não deve sobrar muito, mas vieram 16 mil, bem podiam ser 20, se não tem ido tamanha comitiva, é uma opinião, comentário,mas digam lá fazia falta deslocarem-se 5 pessoas, depois não há, mas nada que não se resolva com um peditório. Quem pede deve ser mais acometido a simplicidade, ser humilde, enfim só falta comprar um BMW ou Mercedes para a Direcção, mas falta pouco.

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    3. Porque não foi o comandante, esse sim verdadeiro bombeiro, em vez da Presidente, que não se sabe bem porquê está ali. Ou será que se sabe?

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    4. E as fotografias dos lugares turisticos que visitaram.?
      As da festa, ainda vai que não vai! Mas as dos passeios...
      Ahhh e tem razão o que diz que foi o dinheiro dos foguetes, mas acha mesmo que os bilhetes para esta gente toda só custaram isso? Enganam-se.

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    5. A Presidente foi aconselhada a ir para lá, como rampa de lançamento para uma possivel candidatura a Vereadora! Legado Pereirista. Enfim!

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    6. Vocês andam a fumar o quê home!!!

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    7. Esta senhora não está minimamente preparada para presidir seja o que for, foi aproveitada numa lista feita á pressa com meia dúzia de sócios presentes!!!
      Como se ouve na praça pública esta senhora que trate da sua saúde que já é muito deixe-se de embalar pelos cantos da sereia..

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    8. Este já não fuma, este já manda para a veia! Eu não tinha ideia que em Paredes de Coura havia tanto alucinado.. Será que quando fecharam o Sanatório de Moselos deixaram alguns fugir pelas traseiras? Se sim este foi um deles.

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    9. Este já nem fuma nem f. está mesmo no fim, segundo dizem este fugiu pelas portas traseiras do Magalhães Lemos do Porto, paciência matá-lo nunca deixá-lo vaguear a polir esquinas na vila um dia terá o seu fim!..."Sei que pareço um ladrão,
      Mas há muitos que eu conheço,
      Que, sem parecer o que são,
      São aquilo que eu pareço. António Aleixo.

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  5. Atenção a todos os lambe cus. Preparem a língua pois já se vão começando a formar as listas para as eleições. Quer da câmara, quer dos bombeiros.

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  6. Isto de passear ao estrangeiro á custa dos otários já está no ADN do chuxas e companhia, foi com o Pereira que até a mulher o acompanhava e não só...Caros senhores isto é uma vergonha valerem-se de pedidos para os bombeiros e aproveitarem-se da boleia, o que deve ter de ser acompanhado de comitivas entre os quais o presidente da Câmara e outros? Não seria de bom senso apenas e só deslocar-se um elemento da direção dos bombeiros dar a cara pelos peditórios nunca mais terminados!?Responda quem quiser..,

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    1. Isto é uma vergonha!!! Os bombeiros têm jipes e camiões!!! Deviam ter ido lá neles!! Mas não, querem é andar de avião. QUE VERGONHA!!!

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    2. A esta hora devias estar preocupado com outros assuntos, este já passou, o que tá feito, feito está.

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    3. Este não gosta mesmo nada da fruta!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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