O Plano Director Municipal de Paredes de Coura já está disponível para consulta e discussão pública nos Paços do Concelho e também online, através deste link. Até 29 de Setembro, cabe a todos os courenses ver o que o futuro lhes reserva em termos de planeamento urbanístico e, eventualmente, reclamar ou sugerir alterações.
Opiniões, comentários, notícias e apontamentos. Sobre Paredes de Coura e não só, porque este blogue não tem paredes e o único limite é a consciência de quem aqui escreve.
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
quinta-feira, 31 de julho de 2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
A “nova” cor da Câmara
Os trabalhos ainda decorrem, mas já se consegue ter um vislumbre do aspecto que terá o edifício dos Paços do Concelho de Paredes de Coura, depois das obras de beneficiação. Um regresso ao passado que a foto abaixo documenta. (Foto retirada do blogue Paredes de Coura – Território com Alma).
quarta-feira, 16 de julho de 2014
Rali de Portugal volta ao norte em 2015
Rali de Portugal regressa ao norte do país e vai custar mais 500 mil euros
quinta-feira, 19 de junho de 2014
25 milhões de investimento… para Valença
A Câmara de Valença acaba de anunciar a vinda para aquele concelho de dois investimentos de cerca de 25 milhões de euros, um dos quais apontado como responsável pela criação de algumas dezenas de postos de trabalho. Um dos investimentos vem lembrar ideias antigas que andaram pelos ares de Paredes de Coura há cinco anos… e que foram rejeitadas.
O primeiro investimento anunciado pela autarquia valenciana, diz respeito à ampliação do Parque Eólico de Valença, o que poderá implicar também, algum benefício para Paredes de Coura, uma vez que se trata de uma estrutura que se espraia pelos dois concelhos. O projecto de expansão, contudo, parece resumir-se às freguesias de Boivão, Sanfins e Taião, todas em Valença.
O outro projecto hoje divulgado pela Câmara de Valença diz respeito à construção de um parque temático, na zona de S. Pedro da Torre, junto ao nó da A3. O parque temático, cuja construção deverá começar ainda este ano, contemplará um parque aquático, uma pista de karting e um jardim de camélias, entre outras atracções. A autarquia estima que este investimento irá potenciar a criação de algumas dezenas de postos de trabalho, e por isso mesmo aprovou já a declaração de interesse municipal dos dois projectos.
Curiosamente, este último investimento, traz-me à memória a campanha para as eleições autárquicas de 2009, em que José Augusto Sousa, a concorrer contra António Pereira Júnior, apresentava como um dos trunfos da sua candidatura, a garantia de construção de um parque de diversões, de componente aquática, que seria instalado nas margens do Coura, entre Santa e Mantelães, aproveitando a envolvente da Praia Fluvial do Taboão. Na altura o candidato do PSD garantia que já tinha estabelecido contactos com uma empresa que estaria disposta a avançar com o projecto, caso ele ganhasse as eleições. Os resultados da noite eleitoral, contudo, trocaram as voltas a José Augusto Sousa e o projecto acabou por não avançar em terras courenses.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Aceitam-se sugestões!
Projecto de participação cívica dinamizado pela Casa do Conhecimento de Paredes de Coura. Onde todos podem dar o seu contributo. Onde todos podem (e devem) participar! Clicar na imagem para entrar.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
A promessa continua…
Longe vai o ano de 1998, em que a A3 passou a ligar o Porto a Valença e passou, literalmente, ao lado de Paredes de Coura. No entanto, as promessas duma ligação rápida a Sapardos continuam. E quem quer acredita. Ou faz-se de crente. Vídeo da AltoMinho.TV
terça-feira, 3 de junho de 2014
A praia que não o chega a ser
Em grande parte do país a época balnear começou no passado domingo. Na zona Norte, contudo, na maioria dos concelhos com zonas balneares, só começa no dia 15 e há mesmo casos em que a época balnear decorre apenas nos meses de Julho e Agosto. Em Paredes de Coura, contudo, não há datas definidas, simplesmente porque o concelho não tem qualquer praia fluvial registada.
O Taboão, zona balnear por excelência, continua a não fazer parte do roteiro de praias fluviais reconhecidas pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, o que faz com que não haja a obrigatoriedade da realização periódica e sistemática de análises à qualidade das águas do rio Coura naquela área. Ao mesmo tempo, e mesmo sabendo que são muitos os que frequentam aquela praia fluvial de qualquer das formas, não é obrigatória a existência de um nadador-salvador.
Se, em relação ao segundo ponto, a legislação diz que essa responsabilidade cabe ao concessionário da praia (e neste caso julgo que o restaurante ali existente não pode ser considerado concessionário), já no caso das análises à qualidade das águas, creio que, ainda que o município as continue certamente a fazer por iniciativa própria, a sua obrigatoriedade e, igualmente importante, a obrigatoriedade da sua divulgação, seriam de todo indispensáveis. Especialmente tendo em consideração que, nos últimos anos, foram vários os exemplos de situações que comprometeram a qualidade das águas do Coura naquele espaço. De qualquer das formas, tão importante como a fiscalização dessa qualidade, continua a ser a prevenção para evitar a sua deterioração.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Europeias 2014: PSD courense em reflexão
O presidente da concelhia courense do PSD diz que vai tirar “as devidas ilações" dos resultados das eleições europeias do passado domingo. Na página oficial daquela estrutura partidária no Facebook, Paulo Castro fala dum mau resultado a nível nacional “e especialmente a nível local”.
Referindo que cada acto eleitoral serve para medir o pulso aos eleitores relativamente às lideranças locais (partidárias e autárquicas), o presidente da concelhia social democrata, embora reconhecendo que as próximas eleições locais ainda vêm muito longe, explica que é preciso identificar o que correu mal em termos de campanha. Ao mesmo tempo anuncia que vai reflectir sobre os resultados, a título pessoal, e que, logo que possível, comunicará o resultado dessa análise aos restantes militantes do partido em Paredes de Coura.
De referir que nas eleições do passado domingo, o PSD (em coligação com o CDS-PP), obteve em Paredes de Coura, 27,67% dos votos, quando nas autárquicas de Setembro teve 36,47% (e o CDS-PP 2,07%). No entanto, ninguém desconhece que se tratam de eleições diferentes, com objectivos diferenciados e em que as autárquicas mexem muito mais com os eleitores. Aliás, os próprios valores da abstenção indicam essa realidade, pois se em Setembro votaram mais de 65% dos inscritos, no domingo apenas 25,66% dos eleitores courenses exerceu o seu direito de voto.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Feira Mostra… deixa alguns de fora
Evento máximo da divulgação dos produtos regionais de Paredes de Coura (mais dos comestíveis do que dos outros, mas são sinais dos tempos) a Feira Mostra há muito que conquistou um lugar no coração dos courenses que lhe chamam mesmo “Feira Monstra”. No próximo fim de semana tem lugar mais uma edição, contestada por alguns pelo facto de não se realizar no habitual fim de semana (foi antecipada em oito dias) e por começar a ter limitações de espaço, tantas são as solicitações, nomeadamente ao nível das “tasquinhas” que, diga-se em abono da verdade, são o que dá vida à feira.
E, se a Feira é o expoente da divulgação do concelho, é-o também das suas associações, colectividades e, naturalmente, das freguesias. No entanto, ao pegar no programa da edição de 2014 da Feira Mostra, o que mais me chamou a atenção foi que, afinal, andaram os políticos courenses a contestar tanto tempo e de diversas formas a reorganização administrativa que levou à criação das uniões de freguesias e afinal há quem em Coura vá mais longe que os técnicos do Terreiro do Paço. É que se estes, a reboque das políticas do Governo, resolveram unir administrativamente dez das freguesias do concelho, reduzindo o número de juntas de freguesia de 21 para 16, a Feira Mostra, no seu folheto, consegue cortar ainda mais e anuncia uma “terra rica de contrastes… com 15 freguesias, qual delas mais típica”.
E assim, em duas linhas, passamos de 21 freguesias (sim, continuam a existir 21, mas apenas 16 juntas de freguesia) para somente 15 freguesias. As seis esquecidas, quais foram? Onde estão? No lugar de sempre, só lograram escaparam ao crivo da leitura dum corrector pouco atento.
Espero que no próximo sábado, quando o ministro adjunto e do Desenvolvimento Rural visitar o concelho (e supostamente a Feira Mostra), alguém explique a Poiares Maduro que Paredes de Coura tem, efectivamente, 21 freguesias. Aliás, e para honrar a linha de pensamento da autarquia há meia dúzia de meses, deveriam até, lembrar o ministro que o município continua a lutar por essas mesmas 21.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Um largo (ao) abandono
Não é de agora que os comerciantes da zona envolvente do Largo Hintze Ribeiro se queixam do mau estado de conservação do conjunto de lojas que encima o largo. As obras há muito que são reclamadas e, ainda no Natal de 2012, aproveitando uma campanha promocional da associação empresarial, os presentes desejados pelos lojistas passavam pelas obras há muito solicitadas ao proprietário do edifício: a autarquia courense.
Ano e meio depois, os pedidos continuam a ser os mesmos. Pintura exterior e renovação da cobertura que em muitas zonas já não existe, são algumas das reivindicações, a que se junta a limpeza daquela zona. Mas basta subir a escadaria que dá acesso da parte de baixo do largo à zona do chafariz, que logo se vislumbram mais problemas. A começar pelo próprio chafariz, “ex-libris” daquele espaço e que há muito perdeu a força da vida que lhe dava a água corrente, permanecendo imponente… mas seco. E a terminar nos lampiões danificados (e a representar perigo) e nos postes de iluminação pública que o projecto das últimas obras de remodelação do largo deixou colocados no meio da rua e que ostentam já inúmeras lembranças de outras tantas amolgadelas causadas por automobilistas mais distraídos.
Numa altura em que se fala na instalação, na parte de baixo do Largo Hintze Ribeiro, do mercado de rua com que a Câmara de Paredes de Coura quer ajudar a revitalizar o comércio local, convém não esquecer que antes de fazer algo novo, não ficaria mal reparar o velho que está estragado.
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Vem aí a “Vila do Rock”
A Câmara Municipal de Paredes de Coura quer apostar no potencial do festival de música para dar mais notoriedade ao município e vai colocar em execução um plano de marketing e comunicação que irá utilizar o slogan “Paredes de Coura – Vila do Rock”. O plano, que inclui a criação da imagem gráfica desta iniciativa de promoção local, resulta duma candidatura a fundos comunitários, apresentada ainda pelo anterior executivo. Deste modo, à semelhança do que acontece com outros municípios que têm associado um slogan que os identifica com o que ali se produz, também Paredes de Coura será identificada pela sua ligação ao Festival, o que, aliás, já se verifica, ainda que não de forma formal.
O plano de acção consta de três acções, comparticipadas a 85% e em que está previsto um investimento de cerca de 90 mil euros. Além do plano de marketing e comunicação, que deverá associar o nome do município ao referido slogan, está igualmente prevista a realização de um encontro com vista à troca de conhecimentos e experiências sobre as novas tendências no sector da música. Um evento para cuja organização foi convidada a Ritmos, empresa responsável pelo Festival de Paredes de Coura e, por isso mesmo, também pelo reconhecimento que o mesmo traz ao concelho. Este evento, aliás, irá representar a maior fatia da verba destinada ao plano de promoção local.
Ao mesmo tempo procura-se perpetuar a memória do Festival de Paredes de Coura, consolidando a sua marca no concelho. Está prevista a recolha, organização e divulgação do percurso deste evento. Uma acção que deverá culminar com a elaboração duma publicação que reunirá a memória do mais marcante evento que tem lugar em Paredes de Coura.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Foram os animais senhor...
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Câmara quer concelho mais sinalizado
A autarquia de Paredes de Coura quer mais sinalização a indicar o concelho nas principais vias de acesso a esta zona do país, nomeadamente na A3 e na A27. Queixando-se do facto de existir pouca ou nenhuma sinalização a indicar, com antecedência, a saída para o concelho, Vítor Paulo Pereira informou que vai fazer pressão junto das entidades responsáveis para que essa situação seja alterada, agregando na mesma missão diplomática outros concelhos da região que sofrem do mesmo mal, nomeadamente Vila Nova de Cerveira e Melgaço.
O presidente da Câmara de Paredes de Coura falava na última reunião da Assembleia Municipal, onde o assunto foi abordado, referindo que existe muita confusão nas saídas da A3 e da A27 para Paredes de Coura, devido à falta de sinalização atempada. “"Entre Braga e Paredes de Coura, na auto-estrada, não existe nenhuma placa a indicar o nosso concelho”, lamentou Vítor Paulo Pereira, que está disposto a alterar essa realidade, “nem que tenhamos de os vencer pelo cansaço”.
Com efeito, ao contrário do que acontece com Ponte de Lima e Valença, por exemplo, não existe, quer na A3, quer na A27, qualquer placa informativa alusiva a Paredes de Coura. Além disso, mesmo a sinalização direccional é reduzida, nomeadamente na A27 e, cúmulo dos cúmulos, quem circular na A27 e sair no nó de Arcozelo, vai apanhar, nas rotundas de ligação, indicações diferentes para chegar ao nosso concelho. Se vier de Viana do Castelo recebe a indicação para seguir pela estrada da Travanca. No entanto, se vier do lado de Arcos de Valdevez (ou da A3), já vai ver a indicação para seguir para Paredes de Coura via estrada das Pedras Finas. Sendo que uma saída e outra estão separadas entre si apenas por 50 metros, a dualidade de informações não faz qualquer sentido.
O assunto mereceu também a concordância da oposição, com José Augusto Sousa, porta voz do PSD, a concordar com a estratégia de defesa das saídas para Paredes de Coura defendida por Vítor Paulo Pereira. O social-democrata, contudo, não perdeu a oportunidade de lembrar à Câmara que esta pode também, à semelhança do que fazem outras autarquias da região, colocar outdoors publicitários ao longo da A3 e A27 para, ao mesmo tempo, divulgar o concelho e dar aos visitantes a informação necessária de como cá chegarem.
domingo, 27 de abril de 2014
As europeias passaram por Coura…
…mas muito ao de leve, quase despercebidas. José Manuel Fernandes, eurodeputado e sétimo na lista de candidatos da lista PSD/CDS às eleições de 25 de Maio próximo, esteve em Paredes de Coura na passada sexta-feira. Pena não ter assistido à sessão solene da Assembleia Municipal que decorreu momentos antes. É que, entre o café e o salão nobre da Câmara Municipal… o número de presentes era quase o mesmo.
sábado, 26 de abril de 2014
25 de Abril em Coura: da homenagem à indignação
Depois de alguns anos de interregno (seis se não estou em erro), eis que a Assembleia Municipal de Paredes de Coura voltou a assinalar condignamente o aniversário do 25 de Abril. Embalada pelo pacote comemorativo dos 40 anos da revolução, agendou uma sessão solene para a manhã do dia 25, pretendendo, desta forma, lembrar a efeméride.
Uma homenagem que, contudo, foi marcada pela ausência de grande parte dos elementos que fazem parte da Assembleia Municipal. Como se não bastasse a fraca afluência da população courense, reduzida a pouco mais de uma dezena de pessoas, também cerca de um terço dos eleitos daquele órgão autárquico optou por não comparecer à sessão solene. Quero crer que tal se ficou a dever a outros factores que não o facto de a sessão de ontem não contar para auferir senha de presença, porque se as faltas se deverem à gratuidade da presença… muito má fica a imagem da classe política courense.
Ainda para mais quando a sessão solene foi aproveitada para juntar a homenagem à indignação. O primeiro passo, simbólico, foi dado com o laço preto que enfeitou os cravos distribuídos aos presentes. Mas o discurso do presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura também não deixou margem para dúvidas, com Vítor Paulo Pereira a lembrar as recentes medidas do Governo, nomeadamente o encerramento do tribunal, e os rumores que dão como certo o fecho da repartição de finanças, e a dizer que “temos um Governo resignado, que deixou de acreditar no Interior do país”. “Um Governo de gente conformada, que perdeu a esperança e não acredita no futuro”, acrescentou ainda o autarca courense, questionando “que país podemos ter com pessoas destas à frente?” “Pouco a pouco estão a fechar e a vender o país”, continuou Vítor Paulo Pereira, para quem “o futuro constrói-se com gente corajosa e com gente livre”. (Ouça aqui o discurso de Vitor Paulo Pereira na totalidade).
De resto, o discurso de Vítor Paulo Pereira foi o mais inflamado da sessão, onde falou igualmente um elemento de cada partido ali representado, bem como o presidente da Assembleia Municipal. Destaque, ainda, para o discurso de José Augusto Sousa, líder do grupo municipal do PSD, que não perdeu a oportunidade para pedir a promoção “do debate aberto e a igualdade de oportunidades sem olhar às convicções políticas”. “O PSD de Paredes de Coura tem percebido sinais de tentativa de condicionar a sua actividade, não por respostas políticas mas com inverdades e manipulações por forma a criar em terceiros percepções falsas ”, acusou o social-democrata.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Câmara quer mercado no centro da vila
A Câmara Municipal de Paredes de Coura está a estudar a mudança do mercado municipal para o centro da vila, mais concretamente para o Largo Hintze Ribeiro, com recurso a uma solução que poderá passar por estruturas amovíveis e de baixo impacto visual na área envolvente. Com esta mudança a autarquia courense pretende dar nova vida a um mercado que, actualmente, está reduzido a um único estabelecimento comercial, trazendo-o para uma zona nobre da vila e transformando-o num autêntico mercado de rua, vocacionado para o comércio de produtos alimentares, nomeadamente produtos agrícolas.
A ideia da Câmara, contudo, parece não agradar aos comerciantes daquela zona que não vêem com bons olhos a criação de uma nova plataforma comercial naquele espaço, que poderá trazer alguma concorrência a estabelecimentos comerciais que funcionam ali nas redondezas. Por outro lado, queixam-se da falta de atenção da autarquia para com os comerciantes daquela zona, nomeadamente no que respeita ao estacionamento pago. Para já, no entanto, ainda não há qualquer decisão formal quanto à mudança do mercado, bem como em relação ao futuro do actual mercado, mas a autarquia avançou com a elaboração do projecto de execução para aquela estrutura, projecto esse que vai ser feito por uma empresa do Porto, a Loftspace.
A mesma empresa aliás, que tem a seu cargo a realização de outros projectos que terão impacto significativo na vila de Paredes de Coura. A Loftspace recebeu, duma assentada só, cinco projectos entregues pela Câmara de Paredes de Coura, num total de cerca de 55 mil euros. Projectos que envolvem, por exemplo, o parque infantil do Largo Hintze Ribeiro e a reabilitação do antigo quartel dos bombeiros, que passará a acolher diversas manifestações artísticas e culturais, situação, aliás, que já estava prevista há muito. Além disso, a Loftspace vai também ser responsável pelo projecto de execução de requalificação e beneficiação urbanísticas na vila de Paredes de Coura. Um projecto que abrange, por exemplo, o estudo para a eventual reabertura ao trânsito da Rua Conselheiro Miguel Dantas, quase 10 anos depois do sua transformação em via pedonal.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
E agora? Devolvem os porcos?
Câmara abre inquérito a oferta de porcos nas autárquicas – notícia do Jornal de Notícias
O caso passa-se em Caminha, onde a Câmara Municipal anterior, liderada pela social-democrata Júlia Paula Costa, colocou em prática um programa de apoios agrícolas, inspirada no modelo que Amândio Pinto implantou em Linhares, Paredes de Coura, e que consiste, entre outras coisas, na distribuição gratuita de sementes, pintos e porcos, bem como em outros apoios à dinamização da agricultura local. O programa de Linhares foi visto como exemplo em vários locais e a autarquia caminhense resolveu replicá-lo, à escala do concelho.
O problema é que em Outubro a Câmara caminhense mudou de mãos e o novo executivo, liderado pelo socialista Miguel Alves, vem agora chamar “escândalo” à “distribuição indiscriminada de vales para suínos, porta a porta, por responsáveis camarários do passado, ao lado de candidatos para o futuro”, situação verificada, dizem, em vésperas das eleições autárquicas de 29 de Setembro do ano passado. Recorde-se que em Caminha, o rosto deste programa de apoios agrícolas, era Flamiano Martins, vice-presidente da autarquia no anterior mandato e candidato do PSD à presidência nas últimas eleições. Vai daí, resolveu abrir um inquérito a esta situação, numa altura em que o ex-responsável pelo programa já desmentiu a distribuição em período de campanha eleitoral, muito embora admita que a oferta de sementes e animais “se descontrolou”.
quinta-feira, 27 de março de 2014
E depois da festa, quem apanha as canas?
A Câmara de Monção vai passar a exigir às entidades que organizam eventos noutros concelhos e que os divulgam naquele município, que passem a retirar a publicidade findo que é o evento. A empresa responsável pela divulgação da AGRO, feira agrícola que decorre até domingo em Braga, foi a primeira a ser confrontada com esta exigência.
Por cá podia-se tomar igual medida. Se é certo que muitas das entidades organizadoras se preocupam com a limpeza no final da festa, também é sabido que, muitas vezes, meses após as realizações, os cartazes e pendões continuam a “embelezar” postes e paredes. Se a maior parte desta publicidade é colocada a título gratuito, sem exigência de pagamento de taxa de publicidade, pelo menos que, no final dos eventos, procedam à recolha daquilo que, finda a festa, passa a ser apenas… lixo.
segunda-feira, 24 de março de 2014
Com PS no Governo, tribunal não fecha
Se o PS ganhar as próximas legislativas o Tribunal de Paredes de Coura volta a funcionar como até agora, partilhando juiz e delegado do Ministério Público. Quem o garantiu foi o próprio secretário-geral do Partido Socialista, no passado sábado, no jantar de homenagem a António Pereira Júnior.
O dia era de emoções, com vários discursos a encherem de palavras de agradecimento o final de tarde no Centro Cultural. Seria o próprio homenageado, contudo, a dar o mote, referindo que iria aproveitar a presença no jantar, de António José Seguro para lhe transmitir a sua tristeza e decepção face ao encerramento do tribunal courense. Seguro escutou as palavras de Pereira Júnior, e também de Vítor Paulo Pereira, e no final do jantar, quando subiu ao palco para discursar trouxe à ribalta dois assuntos que muito melindraram os courenses nos últimos tempos: o encerramento do tribunal e a reorganização administrativa.
O secretário-geral socialista explicou que não iria simplesmente fazer tábua rasa de tudo o que actual Governo decretou, mas que nestes dois casos concretos teria de rever as situações e ver o que foi mal feito. No caso dos tribunais, por exemplo, António José Seguro defende, para os concelhos que agora viram os seus tribunais encerrados, uma solução que passaria por manter a actual situação que se vive hoje no Tribunal de Paredes de Coura, em que existem serviços partilhados com outro tribunal.
Já em relação à reorganização administrativa, Seguro defende que os municípios devem ser chamados a pronunciar-se sobre o que foi feito e se defendem alterações a esse cenário, criticando o facto das mudanças terem sido feitas em Lisboa, sem ter em consideração a posição dos afectados. O que, no caso de Paredes de Coura, não corresponde à verdade, já que o município foi chamado a pronunciar-se, e a apresentar um cenário alternativo, mas optou por se cingir à situação inicial, que desde logo se sabia ser impossível de manter.
sexta-feira, 21 de março de 2014
Décio quer acender a luz e tapar os buracos
quarta-feira, 19 de março de 2014
Contributos para a História de Paredes de Coura
quinta-feira, 13 de março de 2014
Câmara abdica de 47 mil euros
Paredes de Coura está entre os 72 municípios do país que vão abdicar de parte da receita de IRS deste ano. Apenas 72 concelhos, em 308, o que mostra que esta é uma prática que passa ainda ao lado de muitas câmaras municipais.
No caso concreto de Paredes de Coura, estamos a falar de pouco mais de 47 mil euros de receita que não vão entrar nos cofres da autarquia, em benefício dos contribuintes que aqui residem. Um valor que, contudo, poderia ser muito superior. Bastava que tivesse existido vontade política e que Câmara e Assembleia Municipal tivessem optado por abdicar de 5% dessa receita, o máximo previsto na lei. A Câmara de Paredes de Coura, contudo, entendeu ficar pelo meio do caminho e optou por prescindir de apenas 2% do valor a que teria direito.
Esta é uma medida que muitos municípios, principalmente no interior do país, utilizam como atractivo para a captação de população. Veja-se, por exemplo, o caso de Ponte de Lima que não hesita em fazer publicidade do facto de abdicar dos tais 5% permitidos pela lei, deixando de arrecadar qualquer coisa como 574 mil euros em IRS. Aqui ao lado, no distrito, além de Paredes de Coura e de Ponte de Lima, apenas Vila Nova de Cerveira e Caminha optaram também por prescindir de parte das receitas deste imposto (2%). O primeiro abre mão de cerca de 76 mil euros, enquanto Caminha prescinde de mais de 200 mil euros.
terça-feira, 11 de março de 2014
Vêm aí 700 mil euros de obras
Reformular o acesso à zona industrial de Formariz e obras de requalificação do pavilhão municipal, são os próximos projectos da Câmara Municipal de Paredes de Coura. Ao todo, nestas duas obras, a autarquia courense vai gastar mais de 700 mil euros. Os concursos públicos já foram lançados.
Em relação à zona industrial de Formariz, o executivo de Vítor Paulo Pereira colocou de parte a ideia do seu antecessor, que há cerca de dois anos queria fazer uma nova via de acesso àquele pólo industrial, praticamente paralelo à actual estrada que serve actualmente aquele área. Na altura, chegou mesmo a ser lançado o concurso para a execução desta obra que, contudo, não avançou por não se ter conseguido financiamento para esta empreitada, orçada em 1,4 milhões de euros e que viu chumbadas quatro candidaturas a fundos estruturais.
O projecto actual não prevê a construção de uma nova estrada, antes a requalificação do acesso actual, rectificando o seu traçado, eliminando algumas curvas mais apertadas e alargando a faixa de rodagem, de modo a permitir a circulação de veículos pesados sem problemas. Este novo projecto está orçado em cerca de 410 mil euros, que serão financiados a 85%, e deverá ser adjudicado ainda este mês.
Finalmente obras no pavilhão
Ao mesmo tempo, a Câmara Municipal de Paredes de Coura lançou também um concurso público com vista à requalificação do pavilhão municipal. Uma obra há muito necessária, tendo em conta o actual estado de degradação daquele equipamento. Nos últimos anos foram sendo feitas algumas, pequenas, obras de beneficiação e procedeu-se também à substituição da cobertura. Neste período foram, também, sendo feitas beneficiações a nível do piso do pavilhão e de alguns equipamentos desportivos.
No entanto, o certo é que o pavilhão continua a apresentar inúmeras deficiências, que esta empreitada, orçada em cerca de 300 mil euros, pretende resolver. Ao mesmo tempo, o projecto de requalificação prevê igualmente alterações na forma como os espaços actuais estão distribuídos e ainda a a criação de novos espaços que sirvam os vários clubes e os muitos atletas que utilizam aquele que é o único equipamento desportivo coberto do concelho.
quinta-feira, 6 de março de 2014
Em Coura há campeãs!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
LULA PENA - CONCERTO
Cada vez mais partilhado segredo de todos os lusófonos de coração, por esse mundo fora, a sua abordagem à Música é verdadeiramente singular, com o seu método de composição por assemblage já uma marca de referência da sua expressão artística. Na mesma canção poderá começar com um fado e evoluir para uma bossa; de um tango pode decidir permutar para outra maresia geográfica, sempre intensamente bela, na mais distinguida das formas.
Voz e Guitarra Lula Pena
Duração 60min
Entrada: 3€ Bilhetes à venda no Centro Cultural de Paredes de Coura
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Apoio às freguesias com novas regras
A Assembleia Municipal de Paredes de Coura vai discutir, na próxima quinta-feira, a proposta da Câmara para a execução de acordos e delegação de competências nas juntas de freguesia. Uma proposta que, para alguns presidentes de junta, já vem com algum atraso, pois há autarquias que se debatem com problemas financeiros e esperam a aprovação destes acordos para receberem dinheiro da Câmara e colocar as contas em dia.
A proposta do executivo courense, contudo, prevê alterações face ao modelo utilizado no passado, o que pode representar igualmente mudanças nos montantes a transferir para as freguesias. Aliás, ainda em Dezembro, o presidente da Câmara, na Assembleia Municipal, alertou para isso mesmo, referindo que, à semelhança do que acontece com as verbas transferidas do Fundo de Financiamento das Freguesias, também os acordos a celebrar entre a Câmara e as juntas de freguesia vão ter em conta a área, o número de habitantes e a extensão da rede viária de cada freguesia. Ou seja, se até aqui todas as freguesias recebiam por igual, a partir de agora vamos ter umas freguesias a receber mais do que outras. Inclusivamente, como referiu Vítor Paulo Pereira, poderá haverá freguesias a receber menos dinheiro do que em anos anteriores.
De qualquer das formas, todas as freguesias ou união de freguesias vão receber, por ano, dois mil euros para despesas de funcionamento gerais, a que se somam outros cinco mil euros (ou 10 mil no casos as uniões de freguesias) para comparticipação na contratação de um cantoneiro de limpeza. A diferença vai estar na divisão duma parcela de 113 mil euros que irá ser proporcionalmente distribuída pelas freguesias e união de freguesias, em função dos tais critérios diferenciadores.
E, numa altura em que algumas juntas se queixam da falta de dinheiro, tendo em conta compromissos assumidos anteriormente, a distribuição de dinheiros da Câmara é aguardada com alguma expectativa, Tanto mais que há autarcas que se queixam de que a verba que recebem do FFF foi reduzida face a anos anteriores. Sobre este assunto, contudo, convém não esquecer que, pelo menos no caso das uniões de freguesias, só não estão a receber mais porque não querem. Ou melhor, porque não quiseram. É que, recorde-se, a proposta de reorganização administrativa que determinou a união de freguesias, previa um reforço de 15% nas verbas do FFF para as freguesias agregadas. Bastava que fossem as freguesias, e a Câmara, a propor essa união. Em Paredes de Coura, contudo, optou-se por não apresentar qualquer proposta e essa majoração na transferências de verbas… ficou pelo caminho.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
São números, senhor, são números…
É um estudo. Mais um estudo, apenas. Um estudo daqueles que não se sabe muito bem para que serve. Supostamente este diz-nos qual o valor da “marca” dos 308 municípios portugueses, analisando as categorias de investimento, turismo e talento (?) e cruzando diversos dados estatísticos desde os números do desemprego, ao salário médio, passando pelo índice de criminalidade e pelo número de dormidas de turistas.
A isso soma ainda a comunicação online de cada município e a sua presença nas redes sociais. E, tudo somado, chega à brilhante conclusão que as maiores cidades do país ocupam os primeiros lugares da tabela classificativa, enquanto os municípios mais pequenos e do interior são relegados para posições mais baixas. Sem estudo, sem grandes contas, qualquer pessoa facilmente chegaria à mesma conclusão…
Vale o que vale, pois então. E, mais não seja, faz mossa no ego. No nosso, principalmente. Especialmente quando olhamos para o mapa e vemos que Paredes de Coura aparece na 243ª posição… em 308 possíveis. E mais ainda quando vemos que, no distrito de Viana do Castelo, estamos mesmo, mesmo no fim da tabela. São números…
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Assumidamente
Hesitei muito antes de me decidir a escrever sobre o encerramento do Tribunal de Paredes de Coura. Haverá, certamente, quem melhor empunhe e bandeira da sua manutenção, mas nem sequer foi esse o motivo. Hesitei, e adiei, escrever sobre este assunto que dominou a realidade courense nas últimas duas semanas… porque estava à espera da reacção da Câmara.
Também eu li a notícia que na véspera do conselho de ministros dava como garantida a saída do tribunal courense da lista de tribunais a abater. Por isso, também eu ouvi com alguma estranheza o nome de Paredes de Coura na lista de concelhos que se viam privados da sua representação do poder judicial. Aguardava, por isso, a reacção dos responsáveis autárquicos, que num primeiro momento se limitaram a dizer que aguardavam a comunicação oficial da coisa. E depois… silêncio. Nada? Nada. A lembrar os velhos tempos de outras batalhas em que o poder central mandava fechar e o poder local… acatava, refugiando-se no valor do diálogo enquanto elemento negocial, com os resultados que se viram no passado.
Afinal a reacção tardou mas chegou. Assumida e a pedir que se assumisse quem tomou a decisão de mandar fechar um tribunal que o relatório técnico indicava para permanecer de portas abertas. Assuma-se que se tomou uma decisão política ignorando os pareceres técnicos. É isso que Vitor Paulo Pereira pede a Paula Teixeira da Cruz, a ministra da Justiça que já mandou dizer que o tribunal courense sempre foi para fechar. O que, no meu entender, ainda vem confirmar mais as acusações do presidente da autarquia courense.
O tribunal courense até pode fechar, realmente, contra todas as expectativas e à revelia de todos os pareceres técnicos. Uma coisa, contudo, já teve o mérito de conseguir. Que o poder autárquico local não ficasse parado a ver “o monstro” a avançar, sem nada fazer. Já no anterior executivo a Câmara, toda, se uniu em torno desta questão. Vitor Paulo Pereira, logo nos seus primeiros dias de autarca, tomou para si também esta luta e mostrou que não iria baixar os braços facilmente e, talvez por isso mesmo, há agora quem veja esta decisão do poder central como a sua primeira derrota. Que seja. Mas que não se iludam os que o fazem, porque também eles ficam a perder. Como ficaram noutras lutas de que o exemplo maior é o encerramento das urgências nocturnas. É que, se na altura a Câmara optou pela via do diálogo, com o resultado que se viu, também convém assinalar que a oposição não ficou melhor na fotografia. Diria até que ficou de fora da fotografia, pois se bem me lembro (e lembro) só o PCP se juntou à luta contra o encerramento do SAP nocturno. Os outros, os que agora criticam e questionam, regozijando-se em surdina, foram os mesmos que, também eles, não estiveram ao lado da população nessa altura.
No meio de tudo isto só um lamento. Que toda esta situação seja discutida por quem não conhece o país real. Foi assim com as urgências, com a reorganização administrativa, agora com o mapa judiciário. Traçado a regra e esquadro, num qualquer gabinete em Lisboa, onde a temperatura controlada do ar condicionado molda as ideias de quem, esquecendo-se do povo que os levou ao poder, exerce o seu poder sobre esse mesmo povo. Para quê? Para que no final se possam ler notícias como esta, que nos dão conta da “poupança” que representa este novo mapa judiciário, que “só” vai custar 23 milhões de euros.
Porque se calhar faz algum sentido...
por Rodrigo Moita de Deus, em 14.02.14
"Há uma linha comum nas palavras do comunicado do IDP, das entrevistas Capucho, das intervenções de Pacheco Pereira, Garcia Leandro, Ferreira Leite, Bagão Félix ou Mário Soares. Esta ideia de “jovens turcos”, “mocidade”. De que “eles” são muito novos. Não têm “experiência do Estado”. Que é preciso já ter feito um exame à próstata para governar seja o que for.
Há toda uma geração de “políticos” descontentes por verem o país governado por crianças que agem sem a sua autorização ou beneplácito. E o problema é que isto pega-se. Nestes anos quantos artigos e públicas denúncias por causa de nomeações sub30? O mesmo país que se lamuria por causa do desemprego entre os jovens é o primeiro a queixar-se da falta de experiência dos “miúdos”.
Eu vou a caminho dos quarenta anos. Ainda não fiz o exame à próstata. Mas nas finanças tratam-me como se eu fosse gente grande. Ainda o General Garcia Leandro não recebia reforma já eu pagava impostos. O único sítio onde tenho o privilégio de ser chamado de moço é mesmo nestas coisas.
Há toda uma geração de políticos cuja grande visão estratégica para o país foi pedir dinheiro emprestado aos alemães argumentando que, afinal, eramos europeus. E acreditam mesmo que isso foi um grande feito.
Mas numa coisa têm razão. O 25 de abril foi há quarenta anos. Quando os “velhos” de hoje tomaram conta do país tinham quase todos menos de 40. Eram uns miúdos sem experiência de Estado. E deu na m!”#!” que deu."
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
O futuro do caminho e o caminho do futuro
Ao ler os dois últimos posts da Sandra Marise Barros, sobre o Caminho de Santiago, lembrei-me que esta questão, da divulgação do caminho e de Paredes de Coura por intermédio dele, foi um dos assuntos em destaque na campanha eleitoral das recentes eleições autárquicas. Todos os partidos que apresentaram o seu programa eleitoral falaram na dinamização do troço do caminho que atravessa o concelho e na promoção do Albergue de Peregrinos de S. Pedro de Rubiães.
Todos, sem excepção, do PS ao PSD, passando pela CDU, inclusivamente pela candidatura comunista à freguesia de Rubiães, lembraram-se do grande fluxo de turistas que anualmente percorre o Caminho de Santiago. O PSD, inclusivamente, propunha-se redescobrir o caminho alternativo que liga o Norte do concelho a S. Bento da Porta Aberta e transformar as antigas escolas primárias devolutas em mais pontos de apoio aos peregrinos. Se a redescoberta do “caminho alternativo” me parece descabida, porque começaria no meio do nada, já que me parece que não há nenhum outro Caminho de Santiago referenciado que passe pelo norte do concelho, a hipótese de se recuperarem as antigas escolas primárias para apoio a eventuais peregrinos afigura-se ainda menos viável, pois grande parte dos edifícios já está ocupado (ou transformado), por outras entidades. O próprio Albergue de Peregrinos de S. Pedro de Rubiães é um claro exemplo da transformação duma antiga escola primária devoluta (em ruínas no caso).
E por falar no dito albergue, convém referir que, apesar de todos os programas eleitorais se referirem a ele e ao seu potencial enquanto elemento divulgador, e dinamizador, do concelho, nenhum deles refere o óbvio: qual a sua taxa de ocupação. Sabe-se, porque são visíveis em alguns pontos do concelho, que são muitos, milhares, os peregrinos que por aqui passam, rumo a Santiago mas também no sentido inverso. Mas, pelo menos o cidadão comum, não sabe quantos pernoitam no albergue de Rubiães. Aqui ao lado, por exemplo, a Câmara de Ponte de Lima divulga informação actualizada (diária mesmo), sobre a ocupação do albergue daquela vila, mas da estrutura existente em território courense não conhecidos números de utilização. Deste modo, consigo saber que durante o ano passado, 6814 peregrinos pernoitaram no Albergue de Ponte de Lima, a que se somaram mais 1280 peregrinos que lá carimbaram a sua credencial.
E em Rubiães? Quantos por lá passaram? Quantos lá dormiram no ano passado? De que vale dizer que o albergue pode ser aproveitado para divulgar o concelho se se desconhece o potencial dessa divulgação? Será que, com a entrada em funcionamento do Albergue de Ponte de Lima o número de peregrinos a pernoitar diminuiu? Uma coisa é certa, e óbvia, nunca o albergue courense poderá rivalizar com os seus dois vizinhos mais próximos (Ponte de Lima e Valença). É que, quem optar por ficar em Ponte de Lima e depois estender a sua jornada do dia seguinte até Valença, opção que a maioria dos peregrinos faz, tem ao seu dispor, no ponto de partida e no ponto de chegada, o conforto duma cama quente e o bulício e a atractividade duma zona urbana carregada de factores de interesse. Ao peregrino que pernoite em Rubiães resta-lhe a calma bucólica duma zona rural. Para muitos peregrinos é o ideal, mas para o turismo… será suficiente?
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Já não há Convento da Porta Aberta em Rubiães
O fantasma que não nos larga
O tão falado (e temido) triplo encerramento do tribunal, finanças e CTT, pela voz dos courenses, num vídeo da Altominho TV.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
José Augusto derrota Décio…
..nas eleições para a Distrital de Viana do Castelo do PSD! As eleições para a nova comissão política distrital social-democrata decorreram no passado sábado e a lista de Carlos Morais Vieira, antigo presidente da concelhia vianense, venceu o acto eleitoral, derrotando a lista concorrente, liderada por Paulo Vale, vice do presidente cessante, Eduardo Teixeira (que não podia concorrer mais, por imposição estatutária). Uma vitória alcançada por apenas quatro votos de diferença, naquela que foi a eleição mais concorrida da história daquele organismo.
Curiosamente, a disputa pela liderança da distrital, colocou também em lados opostos dois conhecidos nomes courenses. Na lista de Carlos Morais Vieira, José Augusto Sousa, actual líder do grupo municipal do PSD na Assembleia Municipal, aparece como suplente da comissão política distrital. Já Décio Guerreiro, actual vereador social-democrata na Câmara de Paredes de Coura, integrava a lista de Paulo Vale como elemento do conselho de jurisdição distrital, o mesmo lugar que era até agora ocupado por Maria José Carranca na estrutura laranja. A votação local, no entanto, foi bastante reduzida, com apenas sete votos registados em Paredes de Coura, que deram a vitória (3-2) à lista de Paulo Vale, verificando-se ainda dois votos em branco.,
De realçar, contudo, que comparativamente ao mandato anterior, liderado pelo deputado do PSD Eduardo Teixeira, a eleição do passado sábado representaria sempre um reforço da presença courense na estrutura dirigente do Partido Social Democrata em Viana do Castelo. Além de Décio Guerreiro, a lista derrotada contava igualmente com Vítor Domingues, vice-presidente da secção de Paredes de Coura, como vogal da comissão política. Já na lista vencedora, destaque para a presença de Hermínia da Conceição Lopes Pereira no conselho de jurisdição distrital.

sábado, 25 de janeiro de 2014
MGI Coutier chegou a Castanheira
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
O Coura acabou?
O jornal O Coura chegou ao fim! Quem o confirma é a própria administração da Publicoura, empresa proprietária, que justifica o fim da publicação com o cenário de crise geral que se vive no país. Amaro Almeida, da administração da Publicoura, explicou que “não havia condições para continuar a suportar o jornal” e que por isso esta foi a opção encontrada para não aumentar ainda mais o passivo da empresa.
Também Carla Vieira, a última directora de O Coura, confirmou o fim da publicação, referindo que a edição de 30 de Outubro passado foi a última e que, mesmo esta, já não chegou sequer aos assinantes no estrangeiro, dados os custos elevados envolvidos com o envio do jornal para os emigrantes. Carla Vieira, lamenta o encerramento de um jornal com 25 anos de história, “o único no concelho que atingiu este feito”. Ao mesmo tempo, lamenta “profundamente que os sócios não tenham aproveitado o último jornal para dar uma satisfação a leitores e anunciantes, como foi minha vontade”.
O Coura, recorde-se, já em 2011 tinha passado por período conturbado tendo mesmo chegado a tribunal um pedido de insolvência feito por alguns dos credores. Na altura, contudo, conseguiu ultrapassar as dificuldades. Agora, no ano em que assinalou 25 anos de existência, fecha, definitivamente, as portas. Sem dívidas ao Estado e aos colaboradores, como realça a administração que refere não estar equacionada qualquer venda do título do jornal a outra empresa, como forma de dar continuidade à história do jornal.
Nos últimos dias, contudo, começaram a surgir alguns rumores que davam conta do interesse de um empresário courense, ligado ao sector da contabilidade e seguros, em comprar o título. Notícia que não conseguimos confirmar junto dos envolvidos, actual proprietário e eventual interessado. De qualquer das formas, a verificar-se a venda do registo de propriedade do título “O Coura”, seria sempre uma grande mudança na vida dum jornal que, durante largos anos, ficou marcado pela figura do seu então director, que deixou o cargo há alguns anos por motivos de saúde.
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
O convento de S. Bento da Porta Aberta, em Rubiães
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Sem Sarabeita
Numa altura em que os nossos políticos deviam estar a trabalhar juntos para gerir a frágil situação do município, assistimos a pequenas guerras políticas cujos desfechos poderão ter um impacto significativo na vida de muitos courenses. Fico apreensivo quando os representantes eleitos para as tais instituições são os indicados pelo partido da maioria. Isto significa, além de outras conclusões óbvias que se podem tirar, que os nossos políticos continuam afastados e a não dar as mãos em nome de todos nós e do nosso futuro. Este tipo de “atritozinho” para mostrar quem manda pode levar a uma degradação das instituições, do seu trabalho e da sua credibilidade e, pior do que isso, leva ao desinteresse do cidadão comum pela cidadania ativa, precisamente o contrário da política mais próxima do cidadão que o novo executivo prometeu durante a campanha. Sermos todos significa ouvir e respeitar as opiniões de toda a gente, significa unirmo-nos em torno da bandeira de todos nós e não em torno da cor de alguns. Isto não tem nada que ver com os representantes eleitos e com as suas competências, mas sim com a capacidade de diversificar as opiniões e as perspetivas dentro dessas instituições. Só assim se criam as dinâmicas necessárias para responder adequadamente às necessidades que vão surgindo.
Claro que toda esta situação também decorre da qualidade do trabalho que a oposição tem apresentado nos últimos mandatos. Uma oposição que não faz oposição, que não faz o trabalho de casa e que em certos momentos os seus membros se contradizem não é merecedora de receber oportunidades de quem está no poder. Talvez sejam esses os motivos de também não receberem mais votos dos courenses. Reparem que quem fez o trabalho de casa foi recompensado nas urnas. Os courenses não andam a dormir.
No momento em que escrevo ainda não conheço o Orçamento Municipal para o próximo ano. Por todas as razões terá de ser um orçamento honesto, curto e ponderado. Se os nossos políticos não se entenderem acerca do documento mais importante dos últimos anos para o concelho e para o seu futuro, creio que vamos estar em maus lençóis. Mais do que nunca precisamos de tomar as opções corretas, de não falhar. Todo este clima não ajuda, mas espero que a
Bem sei que trabalhar em conjunto, principalmente na política, não é fácil, mas acredito que os courenses eleitos são courenses de gema, que gostam do concelho e que o põem acima de qualquer disputa politica. Com base nisto, estou convicto que os nossos políticos vão vencer as suas diferenças e que as suas decisões trarão um futuro menos difícil para todos os courenses.
Caso não aconteça, seremos um concelho ainda mais frágil, com mais dificuldades, com todas as agravantes que isso trará. Questões que já nos atingem fortemente, como o envelhecimento da população, o aumento da emigração, a falta de investimento e consequente o aumento do desemprego, irão notar-se ainda mais, e aí será o princípio do fim.
A integração num dos municípios vizinhos não é uma alternativa distante e, se os políticos courenses não se entenderem, tornarão essa opção cada vez mais real a cada dia que passa.