A notícia é do Notícias de Coura e dá conta da venda em hasta pública do antigo sanatório de Mozelos. Não se sabe ainda quando mas, garante o presidente da Câmara de Paredes de Coura, a venda deverá ocorrer nos próximos meses. Como, aliás, já tinha anunciado em Julho, numa assembleia municipal que decorreu precisamente em Mozelos. E onde lembrou, também, que não será a Câmara a ficar com aquele imóvel. “Depois se verá se aparecem os tais investidores”, referiu na altura o autarca courense. Hoje, o artigo do Notícias de Coura coloca na boca de Vítor Paulo Pereira declarações mais optimistas, com o presidente a adiantar que “o número de potenciais investidores em adquirir o edifício tem vindo a aumentar”.
Artigo do Notícias de Coura
Câmara anuncia final feliz para o sanatório de Mozelos
“A situação de abandono e indefinição em que se encontrava o Sanatório e antigo Hospital Psiquiátrico de Mozelos tem sido uma preocupação da Câmara Municipal”, sublinha o actual edil de Paredes de Coura. O verdadeiro imbróglio que há muito rodeava a questão, inviabilizava qualquer tentativa ou desejo de investimento. “Não era possível fazer nada, isto apesar de não se tratar de um imóvel que se encontrasse debaixo de administração directa do Município”, explica Vítor Paulo Pereira.
“Desde que assumimos funções, face à passividade do poder central, vimo-nos forçados a, numa primeira fase, determinar de quem era a propriedade e a quem se encontrava directamente afecto o edifício”, rememora o autarca. Após determinar o enquadramento legal das sucessivas alterações de titularidade, a Câmara concluiu que não obstante encontrar-se omisso na Conservatória do Registo Predial de Paredes de Coura, o edifico era património do Estado Português, titulado através da Direcção Geral do Tesouro e Finanças mas afecto ao uso do ULSAM.
Seguidamente, foi necessário obter da Administração do ULSAM a formalização à Direcção Geral do Tesouro e Finanças – DGTF (enquanto proprietária) do interesse em devolver o edifício que, estando-lhe afecto, não tinha qualquer utilidade ou perspetiva de vir a ter – o que veio a suceder já no decorrer do ano de 2014.
Assim, durante os anos de 2015 e 2016, a autarquia colaborou com a DGTF que, por não dispor de meios humanos e técnicos para isso, solicitou ao Município que fossem elaboradas plantas de localização/implantação e levantamentos topográficos dos diversos artigos matriciais (anteriormente inscritos a favor do ULSAM) que compunham a propriedade, bem como avaliações condizentes com o estado de conservação do edifício e que determinaram uma redução significativa do valor patrimonial das propriedades, ainda segundo explicações da Câmara Municipal de Paredes de Coura.
Das sucessivas trocas de correspondência e reuniões tidas com a DGTF resultou a necessidade posterior de unificar todos os artigos matriciais (o edifício do sanatório propriamente dito, os diversos edifícios adjacentes – lavandaria, crematório, garagem, alpendre – a área rústica envolvente, e as três casas existentes por baixo da Estrada Municipal) num único lote que permita a venda em conjunto. Isto porque “percebemos que todos os potenciais interessados não estavam dispostos a adquirir apenas uma das partes sem a garantia de que toda a envolvente seria também (por si ou por outrem) requalificada”, precisa Vítor Paulo Pereira.
Uma vez resolvidas todas as questões legais e administrativas em estreita colaboração e por iniciativa do Município, “conseguimos tornar público o compromisso da DGTF de, no espaço de meses, ser realizada uma hasta pública aberta a todos os interessados em adquirir o complexo de prédios que integram o Sanatório de Mozelos. O número de potenciais investidores em adquirir o edifício tem vindo a aumentar nos últimos dois anos, facto que sustenta a nossa convicção de que nos próximos meses um destino mais risonho será garantido para o nosso Sanatório”, prevê o edil.
O NC apurou entretanto que as regras que determinam a isenção e transparência no procedimento de venda de edifícios públicos (controlado directamente pela DGTF) não permitem garantir com certeza que exista um comprador e, consequentemente, quem será o comprador e o projecto a implementar. No entanto, “atendendo aos contactos que têm sido feitos, estamos convictos de que o investimento terá natureza turística e procurará tomar partido e valorizar a mais-valia arquitetónica do edifício bem como a imagem de pureza do ar e ambiente saudável que esteve na origem da sua construção, em 1919”, remata Vítor Paulo Pereira
Uma postagem Vossa de quinta-feira, 24 de novembro de 2016 . A mais nova. Querem lá saber os Courenses do Sanatório. É ver a quantidade de comentários!
ResponderEliminarOs verdadeiros courenses estão e sempre estiveram preocupados com o estado degradável a que este imóvel chegou. É um património que não deve ser abandonado e rentabilizado no seu máximo, p.ex. qual a razão de não aproveitar as instalações deste imponente prédio para um LAR DE IDOSOS a nível concelhio, em vezo de estarem a construir "capelinhas" em todas as freguesias, parte das quais construídas quase em cima da estrada, estou a lembrara-me precisamente em Mozelos freguesia onde o prédio está construído? Onde estão as cabecinhas pensadoras bem como a Câmara Municipal e seus técnicos que tudo autorizem em nome da incompetência generalizada!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
EliminarCaro A. Sousa!! e qual a entidade que iria arcar com os custos de tal obra!!!????... a Sonae!!! A MEO!!???... ora tente lá fazer um esforço mental de tal envergadura!!
EliminarCaro amigo a entidade que devia arcar com estes projetos concorrentes a fundos comunitários seria a CM. Lares de terceira idade,Misericórdia local ou então uma sociedade que rentabilizassem este imóvel em Lar privado que por certo não lhes faltariam idosos com rendimentos que podiam arcar com justas contribuições para sustentação da despesa do mesmo Lar, mas como disse e repito em primeiro lugar as entidades que já estão dentro do esquema com Lares construídos que de certa maneira podem receber todos os idosos independentemente da sua condições económicas já que a Seg. Social comparticipa com 362.49 por cada utente mais os descontos de 80 a noventa por cento das suas pensões, suponho que não lugar para queixas de sustentação das IPSS.
EliminarDá-nos a impressão que o amigo não está mesmo nada por dentro do sistema...
O A. Sousa esteve tão preocupado com o sanatório, que este post está aqui desde o dia 24 de novembro de 2016, eu ontem comentei a 5 de dezembro de 2016 às 16:33.Portanto 10 dias depois! E agora veio o salvador...
EliminarE vou-lhe explicar o pq das "capelinhas". As "capelinhas" são construíadas para albergarem poucos utentes e não os retirar do ambiente a que estão ou estavam habituados! Entendeu ou quer um desenho?
Caro senhor passam-se dias, semanas ou até meses que não consulto os blogues, as minhas atividades profissionais não me dão lugar a consultas diárias ou mesmo minuto a minuto. Entendido!?O senhor não confunda os utentes que estão internados nos lares com os que frequentam o centro de dia, os primeiros o que querem é ser bem estimados tratados estejam eles em Vascões ou em Romarigães. Até á próxima, mas olhe que o estado falido não vai por certo acudir a todas as ditas capelinhas uma em cada freguesia!?.Mais vale menos e boas do que muitas e mais ou menos!...
EliminarNota-se! Comenta dia 6....dia 7...mas as actividades do "FAR NIENTE", "não me dão lugar a consultas diárias ou mesmo minuto a minuto.".
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