(Foto: www.minhodigital.com)
A Assembleia Municipal de Paredes de Coura vai criar um grupo de trabalho para discutir a presença do lobo no concelho. Em causa os recentes ataques a ovelhas e outros animais que têm dividido agricultores e ambientalistas.
A proposta da criação de grupo de trabalho no seio da Assembleia Municipal de Paredes de Coura destinado a discutir a presença do lobo no concelho, partiu do deputado municipal João Paulo Alves, do PCP. Veterinário de profissão, o deputado municipal manifestou a sua preocupação com os recentes ataques a cabeças de gado, cuja responsabilidade tem vindo a ser atribuída ao lobo. Chegando mesmo a dizer que “em Paredes de Coura os lobos estavam extintos e foram introduzidos alguns e não informaram ninguém”, João Paulo Alves lembrou que nem sempre os agricultores afectados conseguem ser ressarcidos por parte do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas.
Por tudo isso, considerou que a Assembleia Municipal deveria criar um grupo de trabalho que discutisse e analisasse estas situações. “Temos de encontrar soluções, fazer as perguntas a quem de direito”, referiu o deputado comunista, que quis saber a opinião dos vários presidentes de junta ali presentes, atitude que motivou uma troca de palavras mais acalorada com o presidente da Assembleia Municipal courense, José Augusto Pacheco, que defendia que João Paulo Alves deveria ter falado com os autarcas antes da reunião.
Apesar disso, e depois do representante do PCP voltar a falar, uma vez mais, sobre a necessidade de criar o grupo de trabalho, o assunto pareceu merecer outra importância e tanto PSD como PS manifestaram-se disponíveis para participar na discussão, tendo o Partido Social Democrata indicado o nome de Hélder Pedreira para fazer parte do grupo de trabalho, ao passo que o Partido Socialista deu o seu aval à inclusão do nome de Carlos Ferreira, presidente da Junta de Freguesia de Vascões, uma das que faz parte da Área Protegida do Corno de Bico, e onde os lobos já provocaram alguns estragos.
O autarca de Vascões, aliás, explicou que concordava com a criação do grupo de trabalho sugerido pelo deputado comunista, mas lembrou que é necessário “recolher opiniões de todas as freguesias, não só das mais atingidas”. Carlos Ferreira recordou ainda que “antigamente as pessoas pastoreavam os animais, agora deixam-nos sozinhos no campo”. “Não quer dizer que esteja a defender o lobo”, ressalvou o presidente da Junta, referindo que “a falta de pagamento das indeminizações é um incentivo para deixar a agricultura”.
Relembre-se que nos últimos anos foram registados vários casos de ataques de lobo a cabeças de gado em diversas freguesias do concelho. Um dos presentes na Assembleia Municipal de Paredes de Coura, o presidente da Junta de Freguesia de Infesta, referiu mesmo que perdeu 39 animais nos últimos dois anos. Uma situação cuja frequência tem vindo a aumentar nos últimos meses, em que foram notícia vários ataques. Ao mesmo tempo, nas últimas semanas, registaram-se alguns casos de lobos apanhados em armadilhas. Cenários que têm provocado acesas discussões nas redes sociais entre os que defendem o lobo e o que criticam a sua actuação. Em Paredes de Coura, o último censo feito à população de lobos, indicava a existência de duas alcateias, uma na zona da Cruz Vermelha, na Área Protegida do Corno de Bico, e uma outra, de menores dimensões, na zona da Boalhosa.
Neste assunto o Sr Presidente da Assembleia Municipal mostrou todas as dificuldades que sente na presidência quando inicialmente considerou despropositada a intervenção do João Paulo, e só alterou ligeiramente a sua posição depois de sucessivamente ter sido desautorizado pelos Membros da Assembleia, inclusive do PS.
ResponderEliminarAinda bem que impediu o bom senso, o que não têm acontecido noutras circunstâncias.
Ataca Meks!!!
ResponderEliminarCom muita tristeza e mágoa que vejo desertar da Assembleia Municipal, o deputado João Paulo Cunha, o melhor elemento que tinha a Assembleia,competente,corajoso e nunca se deixou intimidar pelos seus adversários ou mesmo da mesa.
ResponderEliminarSempre assim os melhores deixam a política apenas lá ficam os do braço no ar!?Estou a lembrar-me um José Cunha de Bico Dr. Vítor de Ferreira, Arlindo de Formariz e poucos mais.
Este comentário, com toda a certeza que é para fazer rir às gargalhada os courenses... João Paulo Cunha? O tal sujeito que tentou aproveitar-se da nossa Associação Humanitária como elemento da Assembleia dos Bombeiros para tirar aproveitamento politico fazendo arremesso à Câmara Municipal de Paredes de Coura o que esta e muito bem, tem ajudado tanto os nossos Bombeiros.. Bem! Mas a maior anedota que aqui aparece é sem duvida o José Cunha, que nunca defendeu os interesses de Paredes de Coura mas sim o interesse total do partido laranja para ao mesmo tempo defender os seus (dele) interesses... Verdade também se diga, este, José Cunha, tem que agradecer bem ao seu partido, com o cartão laranja, que bem que arranjou a sua vidinha... O Arlindo de Formariz, esse coitado! Lá léria tinha ele muita, dizia mau de tudo e de todos, até derrotava a freguesia a que presidiu e por tudo isto o povo de Formariz, escorraçou-o antes que fosse tarde. Quanto ao Dr. Vitor, sinceramente nunca ouvi falar de grande destaque na Assembleia...
EliminarMas enfim! Com todo o respeito por quem faz este tipo de comentário mas deve lembrar-se que o povo de Paredes de Coura, não é parvo e está mais atento do que muitos julgam... Boa noite.
Muito bem caro conterrâneo. Temos que desmascarar os traidores de Paredes de Coura... Aqueles que só tem um objectivo, defender o partido para tentarem arranjar um tacho... Quem poderá algum dia acreditar nesta gente???!!!
EliminarRegressado ao trabalho deparei com o comentário de mais um que cobardemente se esconde atrás do anonimato, para pretender atacar as pessoas que muito bem referi no meu apontamento de 10.05.18, horas ao qual com toda a minha independência mesmo partidária confirmar a 500 por cento o que escrevi sobre as pessoas como Dr. Vítor Soares de Ferreira, Arlindo de Formariz, Mário Melo de Rubiães, dr. João Paulo de Ferreira, Diamantino Fernandes de Resende, José Cunha de Bico e mais alguns outros que que de momento não me lembro. Felizmente leio os jornais locais onde sentia honra ser COURENSE dos quatro costados. Bem haja todos estes ilustres courenses que parte dos quais já faleceram.
EliminarA tua cobardia ainda é muito maior, quando pretendes hipocritamente, tentar enganar os outros como um nome fictício... Mas não me admira nem tão pouco me surpreende, porque os portugueses e em particular os courenses já estão por completo convencidos que a tua família politica é isto mesmo, a mentira compulsiva e a hipocrisia... Por ultimo, agora já não te deves sentir um COURENSE honrado... Porque felizmente para os courenses, muita desta gente que fazia um ataque gratuito ao elenco Camarário, já não está naquela Assembleia... Boa noite.
EliminarFICÇÂO COURENSE:
ResponderEliminarEu acho que se devia tentar rentabilizar o lobo. Como? Tentando um convénio com a vessadas para subsidiar a lobificação do concelho. Pensem só no potencial económico disto! Coros de lobos a uivar pela noite adentro enquanto se recitava poesia! Pensem nos documentários sobre vida animal que a BBC faria! Já estou a ver o David Attenborough a regressar do Corno de Bico e a almoçar na Gina! A RTP, A SIC, o Porto Canal ali de volta com os funcionários da Câmara a serem mobilizados para fazer de conta que há gente que se interessa pelos eventos! A Cecília a tirar fotos sem parar armada em importante enquanto as pessoas todas fingem que lhe dão importância! O documentário poderia chamar-se: Wolfs that eat lambs - Lobos devoradores de cordeiros. Sim porque caça brava é para os betinhos, os parolos e os bêbados andarem aos tiros no domingo. Mas para isto ir avante, o tal grupo de trabalho devia, através de testes científicos encomendados ao Meks, saber quais as preferências dos nossos lobos quanto à qualidade do anho courense, nomeadamente no que toca à percentagem de gordura, mais lã/menos lã e se tem muitas catotas de caca junto às pernas. Podia-se também tentar que o lobo, visto que vive em coura, tentar adotar uma dieta vegetariana ou então uma dieta à base de garranos! ups tinha-me esquecido que não existem ou devem estar arrumados em alguma corte da malta dos subsídios. Podia-se também, tendo em vista que agora toda a gente finge que gosta imenso de cultura super erudita, fazer a peça de teatro do capuchinho vermelho ao vivo em que o lobo seria a Lena disfarçada de alguém capaz de ser presidente de Câmara ou então a peça dos três porquinhos em que o porquinho calaceiro seria o nosso Amândio de Linhares a fugir de casa em casa a ver qual delas lhe dá guarida. Só que aqui as casas que o lobo manda pelo ar, representariam as nossas freguesias a irem pelo ar pois é isso mesmo que lhes está a acontecer, a ficarem apenas com ar, ar e mato porque o pobre lavrador de subistência já nem meia dúzia de anhotos pode ter. Ainda gozam a dizer que antigamente as pessoas andavam com as ovelhas no monte! Gente de fibra esta! Daqui a algum tempo, além das fábricas que vão abrindo, a única oportunidade de negócio será encher as freguesias de lobas como as da reta de Chamosinhos. Já sabem, toca a apregoar isto, articulem-se com os presidentes de junta, vão diretamente às freguesias. Comprem o ultimo modelo do GPS TOMTOM e vão até às freguesias mais distantes! Sim elas existem!! Existem o ano todo!! É verdade. Eu sei que a malta chique da vila, formariz, castanheira e moselos acha que só existem de 4 em 4 anos, mas elas existem o ano todo!! Eu até acho que há testemunhas de que viram lá por nessas freguesias algum elemento da Câmara nos últimos 4 anos, dentro da junta a dizer para votarem neles!! Façam isso antes que o Amândio seja presidente da Câmara e encha o concelho de eucaliptos.Se isso acontecer, já foste lobo! seremos a Austrália do país e teremos de meter koalas, kangurus e dingos. Bem meus caros aprendizes de artistas, já que estou perto, vou até aos Arcos comer, um belo pedaço de cordeiro, a ver se o lobo ainda não deu cabo deles todos, apetece-me..
Grande texto pá....fabuloso.
EliminarHá tantos anos que eu não lia nada tão bom..assim gosto, vivam os blogues de e sobre Paredes de Coura..essa do David Attenborough a descer do Corno de Bico e a almoçar na Gina..olha pá..sei lá..ainda não parei de rir..
EliminarGosto dos artigos no jornal a falar da assembleia escritos por quem lá não esteve.
ResponderEliminarMas o que é isto? Quem são vocês para discutirem a minha pele?
ResponderEliminarE o grupo de trabalho chegou a que conclusões? Com os meses que passaram já tiveram tempo de chegar a algumas conclusões, digo eu.
ResponderEliminarApós reunir e intensamente observar os comportamentos e a expansão desta espécie no concelho, o grupo de trabalho chegou às seguintes conclusões:
EliminarO lobo é um animal peludo.
Tem 4 patas e desloca-se sobre elas.
Tem dois dentes bastante aguçados e morde com eles.
É bastante parecido com um cão mas não corre atrás de paus nem de bolinhas quando lhe são mandadas.
Faz cocó e xixi.
Faz um som tipo "auuuuuuuu".
É apreciador de carne de ovelha, cordeiro, e um cabritinho também marcha.
É bastante fofinho.
Evita descer à vila para não ser fotografado pela Cecília.
Aspectos/melhorias/constrangimentos a ter em conta:
- Uma vez que Paredes de Coura é uma zona de caça, deve-se ensinar o lobo a disparar senão os caçadores/bêbados/agro-betos do concelho fanam-lhe a comida toda que existe no monte e que evitaria que ele tivesse que comer as ovelhas dos pequenos criadores.
- Criar lobos na quinta das águias onde lhes farão perceber que toda a vida andaram enganados e que a proteína animal lhes dá cabo do colesterol. Ao fim de algum tempo os lobos fartos de ouvirem o sotaque irritante do dono daquilo ficam logo vegetarianos com uma dieta constituída por soja, batata doce, cogumelos shitaki, linhaça, sementes de shia, dióspiros, figos e especiarias.
- A nova ligação à autoestrada vai sem dúvida beneficiar a mobilidade desta espécie, uma vez que um lobo pode descer rápido de bico a formariz, apanhar a autoestrada e ir a sapardos ou a valença comer uma ovelhita rapidinho.
O grupo de trabalho ainda não encerrou e talvez venha a divulgar novos estudos.